Por Redação O Sul | 6 de junho de 2025
Durante abordagem a um motociclista na avenida Juca Batista, Zona Sul de Porto Alegre, agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) flagraram mais que uma carteira nacional de habilitação (CNH) vencida. O veículo é alvo de 106 multas, todas já expiradas e que somam R$ 73 mil. O licenciamento também estava pendente e o condutor se negou a ar pelo teste do bafômetro.
A descoberta ocorreu na noite de quinta-feira (5), durante mais uma operação “Balada Segura”, realizada em diversos pontos da capital gaúcha e em conjunto com a Brigada Militar (BM) – desta vez, a parceria foi com integrantes do 21º Batalhão.
Foram parados 63 veículos, dos quais 13 acabaran autuados e um recolhido. O saldo inclui cinco condutores sem a CNH, cinco com recusa do etilômetro. Além disso, foram aplicadas restrições em três Certificados de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLVs) digitais.
As blitze realizadas pela EPTC têm como principal objetivo coibir excessos de velocidade e promover a segurança viária. De acordo com a prefeitura, “a presença ostensiva dos agentes em pontos estratégicos contribui para reduzir a ocorrência de infrações de trânsito, reforçando a fiscalização e prevenindo acidentes, especialmente em regiões com alto fluxo de veículos e histórico de irregularidades”.
O valor recorde em multas na cidade é de 2023, quando “azuizinhos” flagraram uma motocicleta com R$ 385 mil em débitos referentes a multas vencidas. O veículo tinha 679 infrações de trânsito e estava sem licenciamento desde 2015, sem contar outras 64 infrações com prazos ainda correndo e 80 dentro do período para apresentação da defesa.
A moto foi retirada de circulação até que se regularizasse a situação. Já o piloto recebeu notificação por estar com a CNH vencida havia mais de um mês. O caso ocorreu na rua Francisco Petuco (bairro Boa Vista), Zona Norte.
Preocupação justificada
A preocupação das autoridades de trânsito e saúde em relação aos veículos motorizados sobre duas rodas, bem como no que se refere a pilotos e tripulantes, é algo que se justifica. Em 2023, 45% dos mortos em acidentes eram motociclistas. Foram 32 condutores que perderam a vida, sendo que 12 dirigiam sem habilitação.
Ao longo do ano ado em Porto Alegre, 12.876 motociclistas foram abordados, dos quais 4.665 (36%) receberam autuação – desses, 747 tinham problemas relativos à habilitação. A estatística aponta, ainda, o recolhimento de 676 motocicletas, por causa dos mais variados motivos.
Também foram recolhidas 35 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) físicas e 1.378 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV). Na área educativa, as ações de conscientização incluíram locais estratégicos como os chamados “bolsões” de motos – trecho entre o semáforo e a faixa de retenção de veículos.
(Marcello Campos)
